A Cdial Halal, uma das principais certificadoras de produtos destinados ao mercado muçulmano da América Latina, ratificou 30 novas empresas do agronegócio em 2022, o dobro do ano anterior. Desse grupo, dez produzem proteína animal.
Segundo a companhia, além de o Brasil seguir firme como o maior exportador de carne de frango halal, setores como o da piscicultura começaram a enxergar o potencial desse mercado e também buscaram a certificação ao longo do último ano.
“Temos um mercado abundante, que necessita de nossas proteínas. Falta as empresas abrirem novos horizontes e participarem, efetivamente, desse mercado, que cresce a cada ano”, afirma o diretor de operações da Cdial Halal, Ahmad Saifi.
Atualmente, as empresas de proteína animal representam 53% das certificações concedidas pela empresa. A Cdial tem a expectativa de aumentar o número de certificações em pelo menos 25% neste ano em comparação com os números de 2021.
O processo de certificação halal analisa todas as etapas da cadeia de produção, que vão da obtenção da matéria prima ao armazenamento. Com o trabalho, ela garante a conformidade com as leis islâmicas.
A certificadora frisa que esses produtos têm se popularizado também entre consumidores não-muçulmanos, já que a certificação é também um atestado de qualidade e higiene. “Vários países, entre eles Japão e Austrália, têm buscado a certificação halal”, afirma o diretor.