O Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil, que corresponde ao faturamento total das lavouras cafeeiras, tanto da espécie de Coffea arabica (café arábica) como de Coffea canephora (robusta + conilon), atingiu a cifra de R$ 55,9 bilhões em 2022, valor 25% maior do que o total gerado em 2021, ano em que o faturamento foi de R$ 44,74 bilhões.
Neste contexto, o C. canephora, com receita estimada de R$ 13,4 bilhões, representou 24% do faturamento total de 2022 e um crescimento de 21,8% em relação ao ano anterior. E o C. arabica, que atingiu R$ 42,5 bilhões, correspondeu a 76% do total arrecadado em 2022, com um aumento de 26% se comparado com o valor de 2021.
Com base nesses números, verifica-se que a cafeicultura participa com aproximadamente 6,8% do faturamento total das lavouras brasileiras, que foi de R$ 814,7 bilhões, o que coloca o setor cafeeiro em quarto lugar no ranking do VBP.
O cálculo do faturamento bruto, especificamente para as lavouras, contempla 17 produtos agrícolas e considera os preços médios recebidos pelos produtores rurais, o qual totalizou, conforme mencionado anteriormente, R$ 814,7 bilhões neste ano de 2022.
Assim, um ranking dos cinco produtos agrícolas que apresentaram o maior faturamento bruto, em ordem decrescente, denota o seguinte:
Soja
Em primeiro lugar, figura com R$ 338,13 bilhões, que correspondem a 41,5% do total.
Milho
R$ 148,64 bilhões (18,2%).
Cana-de-açúcar
Em terceiro – R$ 99,26 bilhões (12,2%).
Café
Conforme citado, ocupa o quarto lugar, com R$ 55,9 bilhões (6,8%).
Algodão
Com R$ 34,59 bilhões, montante que representa 4,2% do VBP das lavouras brasileiras.
Dados sobre o VBP do café
Esta análise do faturamento dos Cafés do Brasil em 2022 teve como base e referência os dados constantes do Valor Bruto da Produção (VBP) de dezembro 2022, o qual é elaborado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O material também está disponível na íntegra, assim como todas as demais edições desse documento, no “Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café”, rede integrada de pesquisa coordenada pela Embrapa Café.