O agronegócio é um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira, com crescimento sustentável, produção recorde e demanda crescente
Investir no agronegócio é uma oportunidade única de se envolver em um dos setores mais estratégicos da nossa economia. Com mais de 25% do PIB nacional e mais da metade das exportações, o setor desempenha um papel fundamental na segurança alimentar, e tem crescido a uma taxa impressionante de 3,5% ao ano nas últimas décadas.
A agropecuária continua a quebrar recordes de produção e faturamento, demonstrando sua resiliência e potencial de crescimento. A demanda por alimentos continuará aquecida nas próximas décadas, de acordo com as projeções de aumento populacional no mundo. Nesse cenário, o agronegócio brasileiro se destaca pela alta produtividade e competitividade.
Conheça cinco maneiras de investir no agronegócio, mesmo sem se envolver diretamente com a produção agropecuária.
- Cédula do Produtor Rural (CPR)
CPR é o principal título de financiamento privado do agronegócio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
As Cédulas de Produto Rural (CPRs) representam a promessa de entrega futura de um produto agropecuário. Durante o período de aplicação, o investidor é remunerado com juros sobre o capital, que são isentos de Imposto de Renda (IR) e de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). No entanto, o investimento não é garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Os títulos de renda fixa podem ser emitidos por produtores rurais ou suas associações, incluindo cooperativas. Além da CPR física e financeira, regulamentadas em 1994 e 2001, o investimento ganhou novas modalidades recentemente: a CPR Digital (feita de forma eletrônica) e a CPR Verde (financia ações de preservação nas propriedades rurais).
- Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) funcionam de forma semelhante ao CRA, com isenção de IOF e IR e sem garantia do FGC. No entanto, os títulos de renda fixa são emitidos por securitizadoras, que utilizam como garantia os empréstimos para a produção, comercialização, beneficiamento, industrialização ou aquisição de insumos e maquinário.
Esse tipo de investimento pode ser pulverizado, com contratos de financiamento de diversos produtores rurais, ou corporativo, garantido por empréstimos de uma única empresa. A rentabilidade da aplicação pode ser prefixada, com um rendimento conhecido no momento do investimento, ou pós-fixada, que define um indexador, como dólar ou inflação.
- Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)
Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) são emitidas por instituições financeiras para levantar recursos para oferecer crédito aos produtores rurais. Portanto, o investimento também tem como garantia os empréstimos às empresas agropecuárias. Isenta da cobrança de IOF e Imposto de Renda, a aplicação de renda fixa não é coberta pelo FGC.
Os rendimentos das LCAs são atrelados a um percentual da taxa de Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que tem um vínculo com a taxa de juros básica da economia. Geralmente, um maior prazo de investimento e um depósito maior costumam oferecer juros melhores, ou seja, próximos ou superiores a 100% do CDI.
- Fundo de Investimentos em Cadeias Agroindustriais (Fiagro)
Os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) foram criados em 2021 para permitir às pessoas físicas a investirem, de forma indireta, em imóveis rurais e atividades do agronegócio. As aplicações podem ser realizadas em créditos agropecuários (Fiagro-FIDC), terras agrícolas (Fiagro-FII) e participações em empresas (Fiagro-FIP).
O lucro com o Fiagro pode ser obtido tanto pela distribuição de rendimentos, quanto pela diferença entre o valor de compra e venda do título. No entanto, o investimento de renda variável pode apresentar prejuízo. Sobre os ganhos, é cobrada uma alíquota fixa de 20% correspondente ao Imposto de Renda.
- Ações de empresas do agronegócio
O investidor mais habituado a aplicações financeiras pode aplicar recursos no agronegócio por meio das ações das empresas do setor. Embora a Bolsa de Valores (B3) liste apenas 11 empresas no subsetor agropecuário, as opções de investimento são mais amplas e podem incluir frigoríficos, companhias energéticas e produtoras de papel.
A negociação direta de ações é um investimento de renda variável e de alto risco. No entanto, as instituições financeiras oferecem produtos, como os exchange-traded fund (ETF), atrelados a índices de empresas do agronegócio, que ajudam a aumentar a segurança do investimento.
Fontes: Suno, Forbes, B3
Fonte: https://agro.estadao.com.br/summit-agro/5-maneiras-de-investir-no-agronegocio