A temporada 2023/24 que se inicia em abril no Centro-Sul do Brasil pode registrar aumento na produção da cana-de-açúcar, devido à maior produtividade. Estimativas apontam que o Centro-Sul pode produzir de 560 a 595 milhões de toneladas de cana, contra 538,98 milhões de toneladas da atual temporada 2022/23 (dados até o dia 16 de dezembro), conforme dados da Unica. Quanto ao mix de produção, ainda não existe uma posição final de usinas, mas dentre os principais fatores que devem conduzir essa decisão tem-se o direcionamento do atual governo federal e a política de preços a ser adotada pela Petrobras, que podem definir a competitividade relativa do etanol com a gasolina. Por enquanto, as estimativas são de que a produção de açúcar na região Centro-Sul cresça e some de 36 a 37 milhões de toneladas na temporada 2023/24.
O setor sucroenergético nacional inicia 2023 ainda incerto quanto à produção de cana-de-açúcar na safra 2023/24 da região Centro-Sul do País, que se inicia oficialmente em abril. Segundo os pesquisadores do Cepea, consultorias que fazem estimativas divergem em volumes projetados por cerca de 40 milhões de toneladas, mas todas indicam alguma elevação da moagem. Para o etanol, especificamente, uma análise prospectiva do mercado deve abordar condições internacionais previstas para combustíveis fósseis, mesmo que ainda não haja definição sobre a política de repasse de preços a ser adotada pela Petrobras. Analistas do mercado de combustíveis consideram que, em 2023, a cotação média do petróleo deve ficar abaixo da verificada em 2022, fundamentados na desaceleração da economia mundial. Apesar da prevista redução do preço de combustíveis fósseis em 2023, este ainda deve operar em patamares superiores aos registrados em 2020 e 2021, o que minimiza o efeito “teto” que é adverso ao mercado de combustíveis renováveis. Além da velocidade dos repasses dos preços internacionais de petróleo e derivados para os domésticos, outros fatores causam grande incerteza sobre os patamares de preços que vigorarão no mercado doméstico de combustíveis renováveis, podendo-se citar especialmente a desoneração dos impostos federais (PIS/Cofins zerados). Outros fatores a serem considerados são a continuidade da fixação do teto da alíquota de ICMS e a redução da base de cálculo deste imposto pelos estados.